Segundo
a OCDE, Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as
sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos
financeiros, de maneira que com informação, formação e orientação claras possam
desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais
conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidose, então, poderem fazer
escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar outras ações que
melhorem o seu bem-estar e, assim, tenham a possibilidade de contribuir de modo
mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro.
A
educação financeira encontra-se associada á habilidade individual para tomar
decisões apropriadas na gestão financeira e criar uma mentalidade adequada e
saudável em relação ao dinheiro.
Os
nossos costumes, as nossas tradições, crenças e valores acabam por moldar o
nosso “modelo mental do dinheiro” e frequentemente, se o assunto dinheiro não é
adequadamente tratada, pode-se frequentemente encontrar indivíduos adultos
imaturos em lidar com o dinheiro e sem a verdadeira dimensão do dinheiro na sua
vida. Comprando tudo por impulso para satisfazer vaidades e caprichos. Sem
resistir ao gasto supérfluo.
Embora
sendo consensual a importância da educação financeira, existem algumas
restrições culturais que faz com que o enriquecimento ainda é visto por muita gente como uma
evidência incontestável de que o individuo possui “Kontratu ku xuxu” e, os indivíduos
bem-sucedidos financeiramente, seja alvo de desconfiança, discriminação e
isolamento social.
Neste
contexto, é muito difícil prosperar a ideia do “empreendedor” e, as decisões de
uso do dinheiro são tomadas numa logica de curto prazo, com medo de acumular
riquezas e ostentar algo visível que possa atrair atenção e repressão social,
como se, de algo de muito grave, se tratasse.
O
uso inteligente do dinheiro é um desafio que a nossa sociedade tem pela frente
principalmente, neste contexto de agravamento do endividamento de famílias,
empresas e do próprio Estado. A necessidade de sobrevivência dos nossos
empreendedores neste ambiente cada vez mais competitivo impõe que a literacia
financeira seja um assunto que não pode ser negligenciado. Deve-se promover as
boas práticas e moldar comportamentos, hábitos e posturas em relação ao
dinheiro. As crenças populares, que dificultam seriamente a educação financeira
devem ser erradicadas.
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